Seria hipócrita se dissesse que não sabia o que estava acontecendo, eles vinham entrelaçando cada pequena parte de quem eram um no outro nos últimos anos. Iam desde jantares recheados de flertes velados a debates inteligentes que os envolviam em conversas sem fim, mas como poderia ser isso? Como ela, em toda a sua racionalidade, poderia ter se apaixonado por ele sem nem perceber?
Samantha nunca imaginou que o ato de colocar margaridas brancas no túmulo de sua avó a levaria direto a uma viagem para o desconhecido. Ela só queria se sentar lá e dividir o peso que a nova amiga parecia carregar, mas ao invés disso viu seu mundo virar de cabeça para baixo em um piscar de olhos.
Com altas gargalhadas ela encarou os olhos castanhos de Eddie sobre sua cabeça. Estavam em um emaranhado de pernas e braços no chão, sentindo toda a tensão da linha tênue pela qual vinham flertando. Lentamente ele se aproximou pressionando os lábios nos dela, tinha o sabor de um bom e velho rock. Sabor de vida.
No ano de 1956 a chuvosa Raccoon City vira palco do desaparecimento de diferentes pessoas. Sem aparente ligação entre as vítimas caberá a dois jovens desvendarem os segredos por trás dos últimos acontecimentos. Entre mistérios e corrupção o policial novato, Leon Kennedy, e a civil destemida, Claire Redfield, se envolvem em um submundo mais obscuro do que achavam ser possível.
Foi assim que Chris descobriu que sua filha havia herdado mais do que o cabelo castanho e os olhos determinados da mãe, ela era uma mestra em arrombamento.
"Você já se apaixonou perdidamente por alguém, Leon?", estavam no banco de trás de um dos carros. Ele parou a garrafa a meio caminho dos lábios. "Alguém que me amasse com a mesma intensidade de volta?", parafraseou o que ela tinha dito mais cedo. "Me diga você, Claire. Um reles policial poderia ser amado de volta por uma bela jovem aristocrata?"
Afinal de contas Chris Redfield não era um irmão tão ciumento assim. O que também não significava que ele não pudesse se divertir às custas do futuro cunhado de vez em quando.
Draco Malfoy gemeu e abriu aos olhos de forma lenta e desnorteada. Sacudiu os cabelos, as vestes gosmentas com a poção, e finalmente levantou o rosto. Sua expressão transpassava um ódio quase incontrolável em busca do culpado e quando seus olhos se encontraram com os atentos de Hermione algo estalou alto e muito profundo no bruxo.